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sábado, 15 de janeiro de 2011

Cultura da vergonha

É mais uma questão cultural que outra coisa, até que compreendo a necessidade dos familiares e amigos em tentarem fazer algo por alguém que julgam merecer essa atenção, mas quem mata, quem retira a vida a alguém da forma como o Renato barbaramente fez, mutila e castiga um corpo já sem alma, fica ele próprio condenado em vida a um futuro sem sentido, pois não passa de um assassino e deve ser julgado como tal.
Em Portugal a homossexualidade é olhada com desconfiança, com desdém, como uma doença...haja vergonha e sejam sinceros, há muita gente que esconde a sua homofobia atrás de cordões de apoio, não foi sequer de espantar a participação de um clérigo nesta manifestação vergonhosa, afinal é a própria igreja a imagem dos que perseguem o homossexual.

1 comentário:

  1. Mais uma vez quero-te felicitar pelo Dom que tens com as palavras e por demonstrares ser uma pessoa justa e livre de preconceitos.
    Nunca como agora tenho sentido tanta vergonha por ser Portuguesa. Muito por culpa dos últimos acontecimentos mediáticos (como o caso referido no post) e também políticos, que demonstram para todo o mundo a mentalidade homofóbica, hipócrita e desmemoriada que é a do Povo português.
    Infelizmente ouço coisas que me chocam principalmente porque começo a perceber que em Portugal os heróis são os criminosos como pais que violam as filhas com a conivência da mãe e é denunciado por uma vizinha. No entanto quem é obrigada a mudar de bairro porque todos na rua lhe viram a cara é a vizinha que pôs fim a 14 anos de abusos contínuos a duas menores. Também os casos de violência doméstica em que as filhas se queixam às mães que apanham dos maridos e elas lhe dizem “aguenta que eu também aguentei”, “só tens é de apanhar calada e fazer o teu trabalho”- Depois de muitos abusos chega o crime final e nem ai a vítima é defendida e o herói continua a ser o assassino que limpou a sua honra matando a mãe dos seus filhos. Policias que mataram criminosos (por vezes acidentalmente) e que acabam nas malhas da justiça sem emprego e sem direito a cordões de solidariedade. Enfim e o melhor é ficar por aqui se não isto deixa de ser um comentário para se tornar um documentário.
    P.S: Só tenho pena que os nossos governantes façam o que querem do nosso país e dos nossos bolsos (já rotos) e ninguém está disponível para fazer cordões de protesto ou pelo menos usar o poder de voto para mudar o rumo das coisas.

    Filipa C.

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