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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Hoje.

Como nos outros dias sou um homem feliz…acordo sorridente porque o futuro promete, mas, estranhamente, espero pelo futuro como se fosse algo que apenas acontecesse, como se não tivéssemos de fazer nada por merece-lo, isso, no passado, tem-me custado caro…
Hoje como certamente amanha, estou consciente que sou dependente…admitir um vicio, este vicio, não é fácil, mas também não me torna um ser especialmente capaz, torna-me apenas vulgar, sou mesmo vulgar. Os outros, vocês que gostam de mim, e gostamos de outra pessoa porque a consideramos diferente de alguma forma, de todos os outros animais racionais ao cimo da terra - e não, não podemos gostar de todas as pessoas. Vocês que gostam de mim não percebem o esforço que faço para me tornar alguém, quando, na verdade sou tão dependente do outro para viver, como um ser vivo de oxigénio. È triste, eu sei…mas não sei viver sozinho, sinto-me tão pobre de espírito que conviver apenas comigo próprio tornar-me-ia numa besta histórica, tipo anti-génio…
O destino tem-me presenteado com amigos que realmente, certamente por caridade intelectual, gostam de conversar comigo e saber as minhas opiniões (?), incrível mesmo é o facto de eu as ter e conseguir coragem para abrir a boca e “bocejar” determinados vocábulos, que bem ordenadinhos até parecem fazer algum sentido… surpreendente…a natureza tem destas coisas inexplicáveis.

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