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sábado, 5 de março de 2011

Andei pela primeira vez de metro.

Ao metro lá andei perdido em busca de uma linha saída de um qualquer arco-íris…com quem sabe tudo é mais fácil e para marinheiro em estreia absoluta não correu nada mal, felizmente não me perdi, afinal é apenas um comboio ao metro.

Sempre que viajo de transportes públicos fico com aquele olhar curioso de quem imagina as histórias de quem viaja comigo, as pessoas cruzam-se e nem têm a noção de que, a qualquer momento, qualquer um de nós pode mudar o caminho traçado pelo malfadado comboio destino, basta um pequeno encontrão, um olhar mais indiscreto, um comentário menos feliz, um encosto matreiro ou um roçar maldoso.

A cada estação vejo o formigueiro em plena acção, entradas e saídas em breves três ou quatro irritantes apitos, está uma mulher, certamente emigrada de um País ainda mais “complicado” do que nós (se é que isso é possível) sentada na cadeira, acabou de comer um iogurte com uma satisfação indescritível, colocou-o num saco de papel de onde retirou uma sandes…entretanto o metro andou e ficou a sandes por comer…

Na estação seguinte vi um casal já vivido, que se apoiava em cada passo cuidadosamente preparado, de braço dado percorriam o espaço como se corressem contra o tempo, pensei; os funcionários do passado que representam e me apresentam o futuro. Quem sou eu? Afinal parecem felizes… Tenhamos todos a sorte de viver com um saldo maior de felicidade.

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