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segunda-feira, 28 de março de 2011

O País está em pausa…


 A bomba já rebentou, formou-se um enorme cogumelo, o pessoal todo andou a fumar cenas estranhas fornecidas pela direita, charros esquisitos que davam cá uma broa…por momentos vi, juro, D. Sebastião a regressar de barco ali pelo Mondego acima, qual Leonardo Di Caprio, num abraço amoroso ao líder do PSD, que vestia um cai cai ás bolinhas laranjas e uma saia à Manuela Ferreira Leite, o penteado era igualzinho ao do Paulo, aquele que pensava que os submarinos eram patinhos de borracha (que coisa!!! com aquele feitio tão cilíndrico certamente que terá outras utilidades), fechemos as Portas ao desperdício…conheço mais do que…vá lá, pelo menos duas pessoas que fariam um excelente trabalho como timoneiros deste barco em afundanço.

O grande Exmo. Sr. Professor e Presidente Cavaco Silva…espera não pode ser, já la esteve e…basta ver onde estamos.

Que se lixe, punha lá o Lula da Silva, o gajo pode não ser Português de gema mas, num pais de naturalizações que melhor aquisição para a Selecção Nacional que este verdadeiro mago?
Na falta do Lula arranjam um polvo, podia não nos tirar da bancarrota mas pelo menos poupava-nos ás desilusões de mais um Europeu ao lado, façam contas.

sábado, 26 de março de 2011

O Primeiro caiu.

Caiu e vamos ver quanto tempo demora a levantar-se, a verdade é que era apenas o primeiro, os outros que virão depois e que o fizeram tropeçar também cairão, duvidas não tenho sobre a fragilidade da imagem do passos mal calculados de um projecto de líder.
Acho incríveis os vários discursos da direita em pulgas, parece que já ganharam as eleições… CALMA NA ASSEMBLEIA que o voto ainda é livre, mais do que isso é imprevisível… Deus queira e o homem faça que nesse dia de sufrágio, sopre uma suave brisa de sabedoria e de consciência patriótica, só assim os demais indecisos terão o verdadeiro poder de fazer com que os votos caiam no homem certo para o cargo.
PEC 1…PEC 2… PEC 3… PEC 4… PEC ….
Afinal a nossa NASA é o Parlamento, parece que entrámos em contagem para o lançamento estratosferico do País, ainda temos aquele barulho irritante de motor PEC…PEC… mas tirando isso a máquina está bem afinada, os pneus estão mais do que gastos e o combustível enche o deposito de ar e de contas para pagar. È verdade que o transito empancou na nova ponte sobre o Tejo, mas nunca é demais lembrar que o novo aeroporto e o TGV são alternativas muito válidas para revigorar as contas do orçamento…
FINALMENTE somos os melhores em alguma coisa. Quando prometemos e fazemos apelos á seriedade e necessidade de credibilização da política, acontece este autentico golpe de teatro que é derrubar um governo através de um PEC que vai mesmo ser aprovado independentemente de quem estiver no poder, será seguro dizer que mais valia estarmos em auto-gestão?
Os políticos estão loucos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Fragilidades.

Todos nós nos sentimos imortais, maiores e melhores do que todos os outros, infelizmente a realidade é bem menos simpática e como humanos somos meros seres de carne, organismos vivos com um funcionamento mecânico bem simples.


…sentado numa cadeira, no meio de um vastíssimo areal estou envolto numa manta bem grossa, pedi um chocolate quente ao serviçal e enquanto beberico aquele doce néctar observo o mar, as ondas revoltosas parecem querer sair, lutam uma e outra vez sem que as forças lhe faltem… neste uma conseguiu, a onda foi mais forte que todas as outras e arrastou-se pela areia, levantou-se mesmo ao pé mim, olhou-me com os olhos em àgua e perguntou-me como era, se tinha gostado da minha vida…ao inicio pensei que a morte me tinha vindo buscar, mas por muito que se fale em barcos, travessias e moedas nos olhos, sempre achara que a morte de foice na mão se ajusta muito mais à imagem de alguém ou algo que nos leva para o além, e se for marinheiro (convenhamos que a foice não será o objecto mais indicado para remar) e imaginem um remo na mão do mítico esqueleto do manto negro, não teria o mesmo impacto… Nesta idade já avançada os delírios eram constantes e aquele quadro pouco de extraordinária tinha para mim, mais um dia na minha vida…

Virei a cara com o olho franzido e respondi:

- Em muitas coisas tudo parece correr mal, sentes que Deus e o Mundo te abandonou, mas apenas até aquele momento, esse que é comum a todos, em que te sentes renascer, a vida dá uma volta de 180º o chão foge debaixo dos teus pés, flutuas como uma pena à mercê de qualquer pequena mudança no ar que te mantém vivo, ficas reduzido à verdadeira essência de um pequeno grão de pó neste livro fantástico que é a vida. Preocupas-te mais com os outros do que contigo, sentes que o fim existe e deixas-te tanta coisa por fazer e fazer que precisarias de vinte novas vidas para conseguires viver tudo a que tinhas direito…o tempo foi o teu maior bem e o que menos estimaste…hoje só me recordo jovem, sem obrigações nem prisões, feliz e livre ao lado de quem amo, despidos de preconceitos e medos caminhamos a nossa linha com o destino bem preso nas nossas mãos…

Os olhos abrem-se bem devagar, vêm a televisão ligada, no meu peito, segura num abraço quente de amor, vejo a minha mulher que dorme angelicamente, pego nela ao colo, chamo os gatos e a cadela e vou-me deitar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Ode ao amor…

Prefiro pensar que todos nascemos de um momento de amor, vaidade suprema dos progenitores que de uma dança entre dois corpos nus, atraídos e traídos pelo que se vê, o mundo de cheiros que nos lança numa ansiedade incontrolável, o entumecer do garanhão que provoca e confirma a humidade cavernosa, qual Pais das maravilhas começa o entrelaçar de vontades, troca de gemidos e sucos, entre a curta e longa duração, pois o tamanho para o caso pouco importa, sempre finaliza com a explosão mágica através da qual Deus permitiu ao Homem equiparar-se-lhe…


Para os mais distraídos pode até parecer uma cena saída de um qualquer ritual animalesco, mas nunca tão longe da mentira, a realidade não se limita ao homem mas a todo o reino animal, o sexo é uma dádiva dos céus, por momentos qualquer um de nós pode sentir-se mais perto da felicidade total, unidos pela sexo e sobretudo pelo amor que une não só dois organismos vivos mas duas almas gémeas. Todos buscamos essa Utopia fabricada pelos ensinamentos e experiencias vividas, caberá na história o ser vivo que atingiu o ideal de felicidade?

sábado, 5 de março de 2011

Andei pela primeira vez de metro.

Ao metro lá andei perdido em busca de uma linha saída de um qualquer arco-íris…com quem sabe tudo é mais fácil e para marinheiro em estreia absoluta não correu nada mal, felizmente não me perdi, afinal é apenas um comboio ao metro.

Sempre que viajo de transportes públicos fico com aquele olhar curioso de quem imagina as histórias de quem viaja comigo, as pessoas cruzam-se e nem têm a noção de que, a qualquer momento, qualquer um de nós pode mudar o caminho traçado pelo malfadado comboio destino, basta um pequeno encontrão, um olhar mais indiscreto, um comentário menos feliz, um encosto matreiro ou um roçar maldoso.

A cada estação vejo o formigueiro em plena acção, entradas e saídas em breves três ou quatro irritantes apitos, está uma mulher, certamente emigrada de um País ainda mais “complicado” do que nós (se é que isso é possível) sentada na cadeira, acabou de comer um iogurte com uma satisfação indescritível, colocou-o num saco de papel de onde retirou uma sandes…entretanto o metro andou e ficou a sandes por comer…

Na estação seguinte vi um casal já vivido, que se apoiava em cada passo cuidadosamente preparado, de braço dado percorriam o espaço como se corressem contra o tempo, pensei; os funcionários do passado que representam e me apresentam o futuro. Quem sou eu? Afinal parecem felizes… Tenhamos todos a sorte de viver com um saldo maior de felicidade.