Fui eleito voluntário para dizer algumas palavras sobre os meus pais…mas…e quando as palavras não são suficientes?
Capturar o fervilhar de emoções que me assaltam ao pensar nos meus pais e aprisioná-los num texto imóvel, numa página em branco, não me parece algo justo, não faria sequer jus ao tamanho da minha gratidão por fazer parte desta família e por ter a honra de poder chamar mãe/pai e ter sempre aquela resposta em forma de beijo que nos aconchega num abraço que só quem ama incondicionalmente sabe dar.
Somos todos verdadeiramente apaixonados por vocês queridos Pais, com todas as dificuldades inerentes fizeram, fizeram, e voltaram a fazer ao todo sete vezes este grupo extraordinário de gente que tem tudo de vós, o Lino… o gosto pela palavra do pai e o cabelo branco da mãe, a Lena a precipitação do pai e o coração manteiga da mãe, o Paulo o bom feitio (?) não sei onde é que o foste buscar, o David artista como o pai e sonhador como a mãe, a Nice…essa é toda pai em contrapartida a Rute? Toda mãe. Sobra o mais novo que de pequeno não tenho nada, sou diplomático como a minha mãe e acredito com a força do meu pai. Juntos fazemos a magia do nosso pequeno Mundo, da nossa família que tem por centro nevrálgico os nossos heróis a minha mãe e o meu pai.
Após cinquenta anos de namoro vejo o Manuel completamente apaixonado a tentar roubar um beijinho a cada distracção da Dona Laura que finge aquele desinteresse ”também quero mas não te dou”, como casal funcionam muito bem, lá em casa não há discussões está tudo muito bem definido, ela manda e ele obedece, tudo com a maior das cumplicidades. Todo o mar de rosas tem os seus espinhos, mas nada que pudesse arranhar a felicidade deste verdadeiro hino ao casamento.
Comecei por dizer que as palavras não seriam e não foram de facto suficientes para vos homenagear, ao longo de todos este anos e mais que virão, a melhor e única forma de vos agradecer e retribuir de alguma maneira é continuar a fazer girar este nosso planeta família com todo o nosso amor.